Orientação para constipação intestinal

Somos únicos e vários fatores interferem em nosso equilíbrio metabólico, mas os seus problemas gastrintestinais podem ter começado com maus hábitos alimentares desde a infância, que levaram à falta de nutrientes adequados para a manutenção da mucosa intestinal, com isso gerou constipação (falta de fibras, frutas e vegetais, pouca água), a constipação gera o desenvolvimento acelerado de bactérias nocivas, que destroem as boas bactérias, com funções importantes como a de proteger nosso sistema imunológico e evitar alergias.

Com este quadro, ocorreu o desenvolvimento da hipermeabilidade intestinal, que vem a ser uma detonação da parede intestinal. Estando íntegra deixa passar só nutrientes, mas alterada acaba deixando passar toda a galera ruim (corantes, pesticidas, aromatizantes ... ) com isso, alimentos mais alergênicos também passam como proteínas do leite e da soja, gerando as famosas alergias escondidas, que trazem os teus sintomas atuais, reduzem a formação de serotonina e aumentam a compulsão alimentar, pois o intestino estando mal, os neurotransmissores não são formados adequadamente.

Resumindo, temos muito a fazer e vai depender da tua disposição em fazer o que é preciso:
- corrigir a permeabilidade, colocando nutrientes para reparar a mucosa
- retirar os alergênicos para reduzir os danos à mucosa
- renovar a flora intestinal
Para isso, vamos começar com vitaminas e minerais, probióticos que servem para renovar a flora intestinal e fibras para manter a saúde intestinal.

Quanto à questão alimentar é o seguinte:

- Incluir alimentos integrais, que sejam fonte de fibras, pois as fibras servirão de substrato energético para as bactérias que povoam a flora intestinal, além de acelerar o trânsito do bolo fecal – fornecer fonte de amido resistente, farelo de aveia: comer 1 colher sopa ao dia.

Incluir fontes de gorduras monoinsaturadas e polinsaturadas, que fornecerá ácidos graxos essenciais como ômega 3 e ômega 6. Estes ácidos exercerão atividade antiinflamatória, melhorarão a fluidez das membranas celulares dos enterócitos.

- azeite de oliva extra virgem,
- semente de linhaça,
- oleaginosas (castanhas e nozes), que além dos ácidos graxos fornecerão minerais e vitaminas,
- reduzir consumo de gorduras saturadas e trans (biscoitos, frituras, pratos prontos) Aumentar o consumo de vegetais e frutas que serão fonte de fibras, minerais, vitaminas e fitoquímicos
- Reduzir a quantidade de carne vermelha, variando a qualidade, alternando gado, peixe, frango, porco, peru.
- Incluir o consumo de ervas e especiarias para fornecer substâncias antioxidantes, destacando a ação antibacteriana e antifúngica de algumas espécies como alecrim, orégano, curry, gengibre, canela.
- Melhorar a hidratação, aumentando o consumo de água, chás de ervas e reduzir o consumo de café. Ressaltar que o consumo de líquidos durante as refeições pode agravar os sintomas de plenitude gástrica e flatulência.
- Reduzir o consumo de carboidratos refinados (arroz, macarrão, biscoitos).
- Incluir o consumo de abacate, por aumentar a produção de glutationa, pode preservar a glutamina que é nutriente essencial para reparo dos enterócitos.
- Eliminar leite e derivados de leite da alimentação por no mínimo 30 dias para avaliar se há melhora no funcionamento intestinal. (leite condensado, nata, queijos, requeijão...)